TJBA 19/04/2022 - Pág. 2434 - CADERNO 3 - ENTRÂNCIA INTERMEDIÁRIA - Tribunal de Justiça da Bahia
TJBA - DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO - Nº 3.080- Disponibilização: terça-feira, 19 de abril de 2022
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REIRA DE LIMA RIOS, irmã da vítima, declarou que sabia que Samira e ÉRICO tinham “ficado” algumas vezes; que soube disso
por outras pessoas; que, uma vez, viu Samira na garupa da moto de ÉRICO, uns 3 meses antes do fato; que, na noite do crime,
foi na casa de sua mãe e Samira não estava em casa; que Samira e sua genitora brigavam muito; que Samira ficava revoltada
porque sua mãe bebia; que Samira se tornou uma adolescente rebelde por causa disso e não respeitava sua mãe; que soube da
morte de Samira por meio de seu padrasto; que, depois de tudo passado, Larissa, Heloisa e Tairine lhe contaram que Samira
ainda se relacionava com ÉRICO; que, na noite dos fatos, Samira estava na frente da casa delas e ÉRICO mandou mensagem
para Samira; que Samira mostrou a mensagem a elas; que ÉRICO já tinha ameaçado Samira várias vezes porque ele tinha uma
mulher e ele foi tirar pergunta a Samira, com a mulher; que ÉRICO perguntou a Samira e ela assumiu que já tinha tido algo com
ele; que ÉRICO falou que iria matar Samira; que ÉRICO também já tinha ameaçado Samira na frente de Yasmim, amiga dela;
que, na noite dos fatos, Samira mostrou a mensagem às meninas (Larissa, Heloise e Tairine) e disse que iria só conversar e que
não iria ter nada com ele, pois estava menstruada; que Ramon viu ÉRICO rondando a noite toda por lá; que Samira não tinha
namorado certo; que apenas soube do envolvimento de Samira com ÉRICO; que era comum Samira sair de casa e chegar tarde;
que, no dia da briga, foi na casa de sua mãe pegar seu irmão e Samira não estava; que sua genitora estava dormindo; que a
última vez em que esteve com Samira foi uns dois dias antes do fato. AILON RAMON PEREIRA RIOS relatou que que, na noite
anterior aos fatos, estava na frente da casa em que morava, brincando de dominó com alguns amigos, e ÉRICO passou, parou,
brincou com o depoente e saiu; que, depois, ÉRICO voltou, brincou e saiu de novo; que morava três ruas acima da casa de Samira; que ÉRICO passou de moto pela rua, normalmente; que não leu seu depoimento prestado em delegacia; que ninguém
procurou o depoente para orientar sobre o depoimento a ser prestado; que, quando ÉRICO encostou no depoente e o abraçou,
sentiu um volume na cintura dele, como se fosse um celular, mas não viu o que era; que acha que ÉRICO falou que iria passar
no salão do depoente para cortar o cabelo, ainda naquela semana, mas ele não foi; que, logo depois do fato, surgiu o boato de
que poderia ter sido ÉRICO o autor do crime; que ninguém conversou com o depoente sobre o crime; que ÉRICO passou pela
rua em que morava por volta das oito horas da noite; que ÉRICO já cortou o cabelo com o depoente. MAINARA LOPES PEREIRA LIMA declarou que soube da morte de sua irmã por meio de uma ligação telefônica de sua prima, de nome Sônia; que saíram
boatos na cidade de que Samira estava se envolvendo com o acusado e que estaria grávida dele, mas que ÉRICO não queria
que ninguém soubesse da relação; que conversou com Dulce, mãe de Yasmin, amiga de Samira, por telefone; que Dulce lhe ligou, dias antes, dizendo que precisava lhe contar uma coisa e que era para guardar segredo, pois a pessoa a estava ameaçando; que Dulce contou que Samira estava se envolvendo com um rapaz casado, dizendo, depois, que era ÉRICO; que Samira
nunca tinha contado nada à família sobre esse relacionamento; que, na época, ÉRICO morava com Jaine; que, no dia 24, à
tarde, Samira brigou com sua genitora; que, inclusive, circularam vídeos da briga nas redes sociais; que a declarante, após o
trabalho, foi na casa de sua genitora para conversar com Samira e chegaram a discutir; que conversou e aconselhou Samira; que
saiu da casa e deixou Samira dando banho em seu irmão mais novo; que, ao chegar em sua casa, teve um pressentimento ruim
e pediu a seu irmão mais velho para ir pegar o irmão menor, Miguel; que, quando ele foi buscar Miguel, Samira já não estava em
casa; que era mais de 8 horas da noite; que, salvo engano, sua genitora estava dormindo; que ela costumava dormir cedo; que
dona Zene, mãe de Larissa, também lhe contou que Samira esteve na casa dela, naquela noite, e tinha saído para se encontrar
com ÉRICO; que ela disse que Samira tinha montado na garupa de uma moto, mas não tinha visto quem era; que não sabe de
mensagens que Samira tivesse recebido; que, pelo que soube por terceiros, Samira tinha discutido por mensagens com a mulher
de ÉRICO, a qual tinha ficado sabendo do envolvimento dos dois; que, até então, Samira não tinha tido relacionamentos sérios;
que a dificuldade da convivência de Samira com a genitora era decorrente da bebida, pois sua mãe era alcoólatra, na época; que
Samira saía, mas sempre voltava, e não era de dormir fora de casa; que esteve com Samira na noite anterior ao crime, após a
briga que ela teve com a genitora; que a briga ocorreu à tarde, e conversou com Samira à noite; que conversou com as duas,
Samira e a genitora, aconselhando-as; que, quando saiu, Samira ficou em casa. A testemunha ODENILSON DOS ANJOS JESUS, arrolada pela defesa, relatou que conhece o réu há uns 5 anos; que tem oficina de motos e ÉRICO é seu cliente, mas não
costumavam andar juntos; que conhecia Samira de vista; que a última vez que esteve com ÉRICO foi na noite que antecedeu os
fatos; que ÉRICO esteve com o depoente e seus amigos, na frente de uma lanchonete, conversando; que resenharam e ÉRICO
brincou normalmente; que o depoente chegou no local por volta das 7 para 9 horas da noite; que devem ter ficado no local até
umas onze e pouca da noite; que, na época, ÉRICO não tinha celular; que ÉRICO pediu um lanche para levar para a esposa,
levou e retornou; que ÉRICO já vinha falando que se arranjasse um trabalho em algum lugar, até mesmo em São Paulo, que ele
iria; que nunca soube de nada que desabonasse a conduta do réu; que o réu é muito brincalhão; que, após os fatos, não ouviu
comentários sobre quem teria praticado o crime; que viu o vídeo da briga entre Samira e a mãe dela; que não sabe dizer a data
nem o dia da semana em que esteve com ÉRICO; que a última vez que falou com ÉRICO foi nesse dia da lanchonete; que logo
depois ÉRICO viajou; que acredita que ÉRICO viajou no outro dia. TAYLOR DOS SANTOS SILVA declarou que é amigo do réu;
que conhece ÉRICO há mais de dois anos; que conhecia Samira de vista; que trabalha na lavoura; que mora na sede do município de Pé de Serra; que esteve com ÉRICO na noite anterior ao ocorrido; que estavam numa lanchonete, na praça, onde ficaram até umas 11:30 da noite; que não se lembra que dia da semana era; que, no dia seguinte, por volta do meio dia, soube do
ocorrido com Samira; que viu um vídeo no qual aparecem Samira e a mãe dela se agredindo; que ouviu comentários de que
Samira dava muito trabalho em casa e batia na mãe; que não lembra a última vez que teve contato presencial com ÉRICO, mas
sabe que o viu no dia depois do fato; que ÉRICO já tinha dito que iria viajar para trabalhar; que ÉRICO não tinha celular; que não
lembra a data nem o dia da semana em que viu ÉRICO pela última vez; que também não lembra a hora em que viu ÉRICO; que
atualmente não tem contato com ÉRICO; que ÉRICO já tinha falado que iria viajar para trabalhar, mas não disse qual a cidade
nem o tipo de trabalho; que acha que ele iria para São Paulo. Na primeira parte de seu interrogatório, em juízo, o RÉU disse que
é natural de Mairi-BA, mas morava em Pé de Serra, há uns oito anos; que não concluiu o ensino médio; que atualmente está
trabalhando em um escritório de arquitetura, em São Paulo; que ganha R$2.600,00, mais horas extras; que atualmente está
solteiro, mas morou junto com uma pessoa em Pé de Serra; que nunca foi preso anteriormente, nem responde a outro processo
além deste. Sobre os fatos, disse que nem tomou ciência na época; que já estava em São Paulo quando o oficial de justiça esteve à sua procura, perguntando a uma prima sua se sabia onde o interrogado estava; que entrou no aplicativo do SAC e viu que
constava um mandado de prisão em seu desfavor; que entrou em contato com o advogado e conversou sobre o caso; que du-