Operação Calvário: empresário e outras duas pessoas são condenadas por ocultação de bens
Acusados teriam ocultado valores recebidos ilegalmente a partir da atuação de uma organização criminosa na Paraíba.
Fórum Afonso Campos, em Campina Grande
A Justiça publicou neste domingo (17) uma sentença contra três investigados na Operação Calvário, que apura fraudes e desvios na saúde e na educação da Paraíba. A decisão é do juiz Fabrício Meira Macêdo, da 3ª Vara Criminal de Campina Grande, e condenou o empresário Pietro Harley Dantas Félix e outras duas pessoas.
Em fevereiro de 2021, uma nova fase da operação levou ao cumprimento de mandado de prisão contra Pietro Harley. O empresário respondia em liberdade desde março do mesmo ano.
Conforme a decisão, o empresário Pietro Harley Dantas Félix foi condenado a 4 anos e 6 meses de prisão; Camila Gabriella Dias Tolêdo Farias, esposa de Pietro, foi condenada a 3 anos e 10 meses de prisão; Luiza Daniela de Tolêdo Araújo, prima de Camila, foi condenada a 3 anos de prisão.
A denúncia do Ministério Público afirmou que os acusados ocultaram valores recebidos ilegalmente, atuando em uma organização criminosa na Paraíba, investigada na Operação Calvário.
“Pietro Harley, valendo-se de Luiza Daniela Tolêdo de Araújo teria ocultado a origem, localização, disposição e propriedade de bens provenientes”, diz a sentença.
Luiza Daniela teria adquirido um automóvel avaliado em R$ 248.912, em janeiro de 2015, e em dezembro de 2017, teria adquirido um automóvel avaliado em R$ 98.000, relata a decisão.
Ainda segundo o documento, Luiza alegou a inexistência de comprovação de ilegalidade.
A defesa de Pietro Harley argumentou que “procurou blindar um patrimônio licitamente adquirido, negando participação em qualquer atividade delituosa”.
Já Camila Gabriela alegou que a denúncia é genérica, alegando sua ilegitimidade passiva. Acrescentou que foi envolvida na acusação por ser esposa de Pietro e por “emprestar seu nome para atividades que acreditava, e ainda acredita, serem lícitas”.